Por que aviões evitam voar sobre o Tibete? Entenda os desafios!

Embora aviões possam cruzar altitudes acima de montanhas com facilidade, sobrevoar o Tibete envolve desafios específicos que levam companhias aéreas a evitar a região. A combinação de terreno acidentado, falta de aeroportos adequados e riscos em emergências tornam essa área problemática para voos comerciais.

Turbulências severas no Tibete

O Tibete, conhecido como o “Teto do Mundo”, é dominado por montanhas elevadas e planaltos, e essas formações naturais acabam criando distúrbios no fluxo de ar, tendo como resultado turbulências severas.

O relevo do Tibete é marcado por cadeias montanhosas (imagem: Darekk2)

De acordo com especialistas, o ar que flui sobre terrenos montanhosos torna-se instável, comparável ao movimento irregular de ondas ao baterem contra obstáculos. Essa instabilidade é um problema durante o voo, uma vez que pode causar desconforto ou até mesmo complicações operacionais para as aeronaves.

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Segurança em emergências

Apesar de aviões voarem em altitudes muito superiores à média de 5.000 metros da região, um incidente raro, como a despressurização da cabine, exigiria uma rápida descida para cerca de 3.000 metros, onde o ar é respirável.

Acontece que, no Tibete, isso é impraticável, já que as altitudes do terreno frequentemente excedem esse nível. Além disso, a ausência de áreas seguras para pousos de emergência também agrava o problema.

Infraestrutura limitada

Outro ponto crítico é a falta de aeroportos adequados para atender a emergências. A região, além de pouco povoada, possui poucos locais equipados para receber aviões comerciais em situações de crise, o que torna arriscado planejar rotas sobre o Tibete sem opções viáveis de pouso.

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Temperaturas extremas

Outro fator que contribui para que as rotas comerciais evitem ser traçadas sobre o Tibete é que as elevadas altitudes e o clima frio do Tibete podem levar a temperaturas extremamente baixas. Isso significa um maior risco de congelamento do combustível das aeronaves; um evento que, embora raro, representa um risco adicional às operações de voo.

Assim, os riscos associados ao Tibete superam os benefícios de traçar rotas por essa área. Por isso, as companhias aéreas preferem evitar a região, optando por rotas mais seguras e com melhor infraestrutura, procurando garantir a segurança e conforto dos passageiros.

  • Graduado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Goiás. Possui também título de Mestre em Engenharia Elétrica e de Computação pela Escola de Engenharia Elétrica, Mecânica e de Computação-EMC UFG. Por meio da escrita, compartilha conhecimentos e orientações práticas com foco em áreas da ciência, tecnologia e temas relacionados.

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