NASA descobre rochas que parecem pipoca em Marte: o que isso significa?

É, parece que as expedições no Planeta Vermelho não devem parar tão cedo! As surpresas, também não! A mais recente é que o rover Perseverance, da NASA, encontrou rochas com textura de pipoca em Marte. O que isso significa? Sobretudo, novas e curiosas características geológicas do terreno. Essa descoberta, ocorrida em regiões anteriormente inexploradas, proporciona aos cientistas uma visão mais detalhada sobre a história e a composição de Marte.

Segundo a Nasa, a missão encontrou as rochas em uma nova cratera na região de Bright Angel, enquanto o Perseverance atravessava o Neretva Vallis. Ok, e isso é o quê? Um antigo delta de rio que, a princípio, secou há mais de três bilhões de anos.

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E, assim como tantas outras descobertas, essa foi por acaso. Isso porque, no caminho, o rover precisou desviar de seu trajeto original. Então, atravessou um campo de dunas para chegar à colina Mount Washburn. Foi lá que o Perseverance se deparou com uma diversidade de minerais e rochas, algumas das quais nunca antes observadas em Marte.

Como são as rochas com textura de pipoca em Marte?

Ainda conforme os relatos, as rochas pipoca se destacam não só pela sua aparência, mas também pela composição mineral. A princípio, a Nasa usou os instrumentos do próprio rover para examiná-las.

Nesta análise, identificou a presença de piroxênio e feldspato, minerais comuns tanto na Terra quanto na Lua. Com isso, alguns cientistas chegaram a especular que eles teriam se originado do magma abaixo da superfície marciana. Depois, foram expostos pela erosão no anel da cratera Jezero.

Créditos: NASA/JPL-Caltech/ASU

De modo geral, as principais características destas rochas são:

  • Dimensões: as rochas têm aproximadamente 45 centímetros de diâmetro e 35 centímetros de comprimento.
  • Localização: estão, como já comentamos, na colina Mount Washburn.
  • Composição mineral: as primeiras análises indicam a presença de piroxênio e feldspato, minerais que existem nos territórios lunar e terrestre.

Além disso, existem outras teorias, por exemplo, de que essas rochas nem pertençam à Washburn Hill. E como foram parar lá? Inicialmente, sugere-se que elas se deslocaram por meio do canal de um antigo rio.

Sendo assim, a equipe da Perseverance até considera a possibilidade de encontrar novas rochas com padrões de pipoca, mas em outras partes de Marte.

O que essa descoberta significa para a ciência?

Não é de hoje que as expedições tentam elucidar uma série de questões, inclusive a possibilidade de vida no Planeta Vermelho. Por isso, descobrir estas rochas que se assemelham a pipoca em Marte tem uma importância considerável para a ciência.

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Para começar, a presença de minerais como piroxênio e feldspato sugere uma atividade geológica complexa em Marte, inclusive com vulcões e movimentação tectônica. Além disso, as texturas das rochas indicam que, após depositadas, houve um fluxo de água subterrânea na região. Na prática, o fato é importante para entender o passado aquático de Marte.

Por fim, a análise dessas rochas pode até fornecer pistas sobre a possibilidade de vida passada no planeta. Isso se dá principalmente porque água é um elemento chave para a existência de organismos vivos.

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  • Jornalista e assessora de comunicação e imprensa com experiência em Comunicação Pública, Gestão de Eventos, Marketing Digital, análise e estratégia, gerenciamento de crises, produção e redação de conteúdo. Já trabalhou em diversos projetos e segmentos na área, inclusive como gerente de Comunicação na Educação Municipal, período em que desenvolveu produtos audiovisuais para permitir o acesso a conteúdos pedagógicos durante a pandemia. Ainda, criou áreas de Ouvidoria e Eventos Virtuais. É pesquisadora de Comunicação Compartilhada/Comunitária, Marketing Público e Políticas Públicas para Comunicação. Atuou na área de turismo e hotelaria. Especialista em Marketing e Assessoria de Comunicação.

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