Criminosos estão usando AirTags da Apple para roubar carros – Entenda!

A tecnologia avança a passos largos e, sinceramente, isso não é novidade para ninguém. Entretanto, apesar de seus benefícios inegáveis, acaba gerando alguns problemas. Para exemplificar, os AirTags da Apple têm sido utilizados por criminosos para roubar carros nos Estados Unidos.

Resumidamente, as AirTags são pequenos localizadores lançados pela Apple em 2021. De forma geral, operam via Bluetooth para auxiliar os usuários a rastrearem a localização de objetos pessoais, como chaves, mochilas e até animais de estimação. Devido à sua popularidade e acessibilidade, tornaram-se um dos produtos mais procurados da Apple.

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No entanto, sua funcionalidade atraiu não apenas consumidores regulares, mas também criminosos. Vamos ver mais detalhes sobre isso a seguir.

Como as AirTags da Apple são utilizadas para roubar carros?

Recentemente, a polícia de Burlington, nos Estados Unidos, uma cidade próxima à fronteira com o Canadá, emitiu um alerta sobre a utilização indevida dos AirTags. De acordo com a corporação, grupos estão empregando esses dispositivos para rastrear e posteriormente roubar veículos, especialmente os de luxo. Para complicar a situação dos proprietários, utilizam um método sorrateiro.

Primeiramente, os suspeitos escondem os AirTags da Apple nos carros escolhidos como alvo. Assim, conseguem monitorar o local até identificar o momento apropriado para o roubo, geralmente quando o veículo está desocupado ou em áreas pouco movimentadas. Essa conduta prejudica tanto a percepção dos donos dos carros quanto das autoridades.

Infelizmente, o aumento dos casos relatados é preocupante, assim como os métodos adotados pelos criminosos. Não se trata apenas do roubo dos veículos em si, mas sim da intenção de vendê-los no exterior, o que dificulta a recuperação dos automóveis. Além disso, os perigos se estendem quando as quadrilhas os utilizam para transportar drogas entre fronteiras.

Dessa forma, embora os AirTags da Apple não possibilitem diretamente o roubo dos veículos, são peças-chave no planejamento e execução desses crimes. O baixo custo do dispositivo no país, que pode ser adquirido por cerca de 39 euros, aliado à possibilidade de reutilização, o tornam uma ferramenta valiosa para os criminosos.

Nem tudo está perdido!

Mesmo diante dessa situação alarmante, há uma saída. Sobretudo porque o próprio design dos AirTags proporciona uma maneira de combater seu uso indevido. Muitos usuários já relataram encontrar AirTags escondidos em seus veículos, mas como conseguiram detectar esses dispositivos se estavam aparentemente escondidos?

A resposta está em seu funcionamento. De modo geral, as AirTags não compartilham a localização em tempo real, mas atualizam periodicamente a sua posição. Para isso, é necessário estarem próximos de um dispositivo Apple. Logo, caso não percebam um dispositivo conectado nas proximidades, os AirTags enviam um alerta para qualquer dispositivo da marca próximo a eles.

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Essa característica permite que muitos proprietários identifiquem e removam os localizadores antes de se tornarem vítimas de roubo. Assim, as AirTags da Apple, apesar de não terem sido inicialmente concebidos para essa finalidade, se tornam uma ferramenta inesperada na prevenção de crimes.

Isso enfatiza a importância de estar atento aos sinais e notificações de nossos próprios dispositivos, pois podem ser cruciais para evitar situações perigosas. Além disso, destaca a necessidade de conscientização sobre a segurança cibernética e física, visto que a mesma tecnologia que nos conecta também pode nos expor a riscos.

  • Jornalista e assessora de comunicação e imprensa com experiência em Comunicação Pública, Gestão de Eventos, Marketing Digital, análise e estratégia, gerenciamento de crises, produção e redação de conteúdo. Já trabalhou em diversos projetos e segmentos na área, inclusive como gerente de Comunicação na Educação Municipal, período em que desenvolveu produtos audiovisuais para permitir o acesso a conteúdos pedagógicos durante a pandemia. Ainda, criou áreas de Ouvidoria e Eventos Virtuais. É pesquisadora de Comunicação Compartilhada/Comunitária, Marketing Público e Políticas Públicas para Comunicação. Atuou na área de turismo e hotelaria. Especialista em Marketing e Assessoria de Comunicação.