Quando Neil Armstrong e Buzz Aldrin pisaram na superfície lunar em 1969 com a missão Apollo 11, o mundo assistiu, fascinado, ao primeiro passo da humanidade em outro corpo celeste. Mas o Programa Apollo não parou por ali. Isso porque em um período de três anos, outras cinco missões bem-sucedidas levaram mais astronautas à Lua, totalizando 12 pessoas que exploraram o solo lunar.
Os primeiros a pisarem na Lua: Apollo 11
A missão Apollo 11 foi o marco inicial na exploração lunar. Em 20 de julho de 1969, Neil Armstrong e Buzz Aldrin se tornaram os primeiros homens a caminhar na Lua, enquanto Michael Collins orbitava no módulo de comando.
Inclusive, esta missão histórica foi a base para todas as futuras explorações lunares, mostrando que era possível aterrissar, explorar e retornar com segurança.
Apollo 12: seguindo os passos dos pioneiros
Apenas quatro meses após a Apollo 11, em novembro de 1969, a Apollo 12, liderada por Charles “Pete” Conrad e Alan Bean, realizou um novo pouso na Lua. Nessa missão, Richard F. Gordon permaneceu no módulo de comando, orbitando a Lua, enquanto os demais pisaram efetivamente na superfície lunar.
Aliás, um feito curioso foi que a missão pousou próximo à sonda Surveyor 3, enviada anteriormente pela NASA, e trouxe de volta partes dessa sonda para estudos. Esse pouso consolidou a precisão das missões lunares e aumentou a confiança no programa.
Apollo 14: superação após acidente com a Apollo 13
Após um grave acidente que impediu a Apollo 13 de pousar na Lua, a Apollo 14, em fevereiro de 1971, permitiu que Alan Shepard e Edgar Mitchell caminhassem sobre o solo lunar, enquanto Stuart Roosa permaneceu em órbita no módulo de comando.
Shepard, aliás, conhecido como o primeiro americano a ir ao espaço, marcou essa missão ao realizar uma “partida de golfe” no solo lunar.
Apollo 15: a primeira utilização de veículos lunares
Em julho de 1971, a Apollo 15, com David Scott e James Irwin, trouxe o primeiro veículo lunar (Lunar Roving Vehicle), permitindo maior mobilidade e coleta de materiais em áreas mais distantes. Enquanto isso, o astronauta Alfred Worden permaneceu em órbita no módulo de comando.
Essa missão, aliás, foi a primeira a combinar a exploração científica e a capacidade técnica de locomoção fora da Terra.
Apollo 16: a exploração mais longa
Com a missão Apollo 16, em abril de 1972, John Young e Charles Duke passaram quase três dias explorando a superfície lunar, enquanto Thomas Mattingly permaneceu orbitando a lua no módulo de comando. Além disso, eles trouxeram para a Terra uma das maiores amostras de rochas já coletadas na Lua.
Inclusive, esta missão ampliou a compreensão sobre o relevo lunar, que é composto de material diverso e antigo. Você pode conferir mais detalhe sobre do que é feita a lua aqui: Do que a Lua é feita? Entendendo a composição do corpo celeste.
Apollo 17: o último pouso
A Apollo 17, em dezembro de 1972, levou Eugene Cernan e Harrison Schmitt para uma das explorações mais extensas e científicas da Lua.
Schmitt, um geólogo, foi o primeiro cientista a caminhar na Lua, e a missão trouxe a maior quantidade de rochas lunares para estudo na Terra.
Cernan, ao deixar o solo lunar, proferiu uma despedida emocionante, referindo-se ao futuro retorno da humanidade.
Projetos futuros de exploração lunar
Depois de 1972, a Lua ficou sem visitantes humanos devido ao alto custo e ao foco em outras missões espaciais. No entanto, esse cenário está prestes a mudar. Isso porque a NASA, em parceria com agências internacionais e empresas privadas, deu início ao programa Artemis, que visa levar novamente astronautas à Lua.
A missão Artemis III, prevista atualmente para 2026, promete pousar a primeira mulher e a primeira pessoa negra na superfície lunar.
Além da Artemis, outras agências, como a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Chinesa, têm planos ambiciosos para missões tripuladas e instalação de bases na Lua.
Inclusive, esses projetos visam à criação de uma infraestrutura que possibilite missões científicas e o preparo para futuras explorações em Marte.