Afinal, olhar para um eclipse solar é perigoso para a visão?

No último dia 8 de abril de 2024, os Estados Unidos foi palco de um espetáculo astronômico: um eclipse solar total. Este fenômeno, que desperta tanto fascínio quanto dúvidas, leva muitos a se questionarem: olhar para um eclipse é realmente perigoso para a visão?

É possível assistir esse fenômeno?

Segundo a NASA, embora um olhar fugaz para o eclipse não resulte em cegueira instantânea, observar o sol sem proteção adequada é arriscado. Isso se deve ao fato de que, mesmo durante o eclipse, quando 99% do sol está coberto, o 1% exposto é suficiente para causar dano às células da retina. A luz solar direta, nesse contexto, funciona como um foco de calor intenso, capaz de “cozinhar” o tecido retiniano sem que haja percepção imediata de dor, pois a retina não possui receptores para tal.

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A boa notícia é que existem maneiras seguras de apreciar o eclipse. Óculos de eclipse, específicos para este propósito, filtram os raios nocivos, protegendo os olhos. Em contrapartida, óculos de sol comuns ou lentes fumê não são adequados para essa observação. Além disso, métodos indiretos como binóculos e telescópios equipados com filtros solares são alternativas recomendadas para quem deseja observar o fenômeno sem riscos.

A NASA indica que, durante a totalidade do eclipse, quando a lua obscurece completamente o sol, é seguro olhar diretamente para o céu por um breve momento, desde que se esteja na rota exata da totalidade. Entretanto, nos momentos parciais do eclipse, quando parte do sol ainda está visível, olhar diretamente para ele é perigoso.

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Quanto à participação de crianças no evento, o Hospital Infantil do Arkansas aconselha que estas podem sim experienciar o eclipse, desde que sob supervisão contínua e utilizando óculos de eclipse certificados. A pediatra Dra. Laura Sisterhen enfatiza a importância de educar as crianças sobre os riscos de olhar diretamente para o sol sem proteção e aconselha que pré-escolares e crianças mais novas sejam poupadas da observação direta.

Contudo, a exclusão das crianças menores da observação direta não significa que elas não possam participar da experiência. No caso recente dos EUA, cidades no caminho da totalidade planejaram atividades voltadas para o público infantil, desde construir câmeras de orifício com caixas de cereal até desenhar eclipses com giz de calçada, promovendo uma forma segura e educativa de envolver todos na expectativa e observação do eclipse.

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